Passado o período de novas filiações e transferências partidárias, é momento de os pré-candidatos caírem em campo. Claro, de acordo com as limitações do novo coronavírus. Entre os vereadores da Casa Jornalista José Carlos Florêncio que vão em busca da reeleição, apenas Daniel Finizola (PT), Marcelo Gomes (PSB) e Cecílio Pedro (MDB) se mantiveram firmes nos partidos pelos quais foram eleitos. Este último encontra uma grande dificuldade em disputar pela própria sigla, já que os emedebistas não pretendem contar com o edil na chapa.
Aproveitando o período de janela partidária, Fagner Fernandes e Sérgio Siqueira deixaram o Avante e se filiaram ao PDT; já Galego de Lajes seguiu para o partido do seu padrinho político, o deputado estadual Tony Gel (MDB). Havia uma expectativa de uma debandada do PSDB, mas tudo acabou sendo controlado e após um grande vai e vem, este foi o partido que recebeu o maior número de vereadores, contando agora com 17 parlamentares.
Entre os que deixaram os antigos partidos para se tornarem tucanos estão Allyson da Farmácia – Cidadania; Bruno Lambreta – PDT; Duda do Vassoural – PRTB; Edjailson da Caru Forró – PRTB; Edmilson do Salgado – sem partido; Heleno Oscar – Patri; Ítalo Henrique – PSD; Leonardo Chaves – PDT; Moysés Santos – Patri; Pb. Andrey Gouveia – Patri; Pierson Leite – PSD; Ranilson Enfermeiro – PDT; Ricardo Liberato – PDT; Rozael do Divinópolis – PRTB; Tafarel – Patri; e Zezé Partiera – PV. O presidente Lula Tôrres, ex-PDT, se transferiu para o PSDB em 2018, o que lhe rendeu um denúncia por infidelidade partidária.
O PSDB ainda trará duas fortes novidades para as eleições deste ano: a ex-secretária Perpétua Dantas e a Major Clarissa, da Polícia Militar. Entre os que também buscarão ocupar uma cadeira na Casa Jornalista José Carlos Florêncio estão Rogério Meneses e Wedna do Hospital pelo PCdoB; Sivaldo Oliveira e Neto Sales pelo MDB; Dada do Monte e Cláudio Cumaru pelo PDT; Professor Claudionor e Oscar Mariano pelo Progressistas; Alex do Bode e Eduardo Mendonça pelo Republicanos, além de outros líderes comunitários e lideranças políticas.
Mesmo com o quebra-cabeça já montado, existe uma grande chance de as eleições não acontecerem em outubro, devido ao avanço do Covid-19. Muita gente defende o adiamento, mas ainda não existe nenhum indicativo sobre o assunto. O partido Progressistas pediu a suspensão do prazo para filiações partidárias por 30 dias, mas a presidente do TSE, ministra Rosa Weber negou a solicitação. A data limite acabou sendo no último sábado (04). Uma outra expectativa é de como será o resultado dos partidos nas urnas, já que o fim das coligações trouxe incerteza para os postulantes. O momento é de aguardar as próximas decisões e procedimentos para que as estratégias sejam colocadas em prática.
Adesão – Na reta final para as filiações o pré-candidato a prefeito de Caruaru, Raffiê Dellon (PSD), conquistou importantes apoios. Além do Partido Verde, o Democracia Cristã e o Solidariedade passaram a integrar o grupo do jovem que segue animado para a disputa.
Revés – Todos os partidos que declararam apoio à pré-candidatura de Raffiê Dellon (PSD) fizeram parte da coligação de Tony Gel (MDB) em 2016. Essa baixa mostra uma falta de articulação do emedebista e vai refletir na diminuição do tempo durante programa eleitoral de Rádio e TV.
Grupo – O deputado estadual Tony Gel concentrou todos os seus pré-candidatos no MDB. Ao todo serão 24 homens e 11 mulheres que buscarão espaço na Câmara Municipal de Caruaru. Integrantes do grupo acreditam que é possível eleger de dois a três vereadores. O partido tem um bom histórico de votos de legenda.
Estratégia – Contando com um exército de mais de 100 pré-candidatos, o Delegado Lessa tem investido forte no seu grupo proporcional. Ele é mais um que também conquistou importantes apoios de partidos durante reta final de filiações. Sua estratégia é bem diferente da de 2016, quando não conseguiu emplacar nenhum vereador do seu grupo.
Aliado – Ao declarar apoio à reeleição da prefeita Raquel Lyra (PSDB), o ex-senador Douglas Cintra (PTB) não poupou elogios ao trabalho da tucana. Além de garantir o seu partido no palanque de Raquel, ele ainda foi essencial na articulação para trazer o Podemos para o grupo da gestora.
Silêncio – Apesar de o deputado federal Fernando Rodolfo (PL) seguir em silêncio sobre as eleições de Caruaru, o mais provável é que ele possa aderir ao projeto de reeleição da prefeita Raquel Lyra (PSDB). O parlamentar também segue montando o seu grupo para conquistar um espaço na Casa Jornalista José Carlos Florêncio.